sábado, janeiro 17, 2009

Tenho Ditto...



A trama da novela A Favorita chegou ao fim respondendo de forma bem inocente a pergunta que não queria se calar: Quem é a favorita?

A cada novo capítulo o autor tentava colocar o espectador em xeque, deixando aquela dúvida sobre quem estava falando a verdade. A partir do momento em que a verdadeira assassina foi revelada, o ritmo da novela ficou ainda melhor e os crimes em série apimentaram e trouxeram emoção e suspense.

Acredito que muitas pessoas torceram para que Flora se saísse bem no final da história, mas por outro lado, observando os atuais crimes em nossa sociedade seria um caminho perigoso demais exaltar a vida criminosa da angelical vilã, somente pelo fato de ela ter tido uma infância complicada e cheia de dificuldades.

Embora as telenovelas tenham como função o papel de entreter, atualmente muitas campanhas sociais são veiculadas por meio dos folhetins televisivos e fazer apologia ao crime e a impunidade seria praticamente um posicionamento político da emissora, o que talvez, poderia ser encarado como incoerência no discurso.

Um detalhe da personalidade de Flora que se tornou ainda mais claro no último capítulo foi o tipo de inveja que ela sentia de Donatella. Não era uma inveja ligada apenas aos bens materiais, porque ambas tinham a mesma origem humilde, e, sim inveja da vida da outra, ou seja, ela queria ser a amiga, viver a vida de Donatella, dentro de uma relação de amor, admiração e ódio -- praticamente uma patologia crônica.

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