quarta-feira, novembro 02, 2005

Homenagem do dia!



Clara Nunes, uma das melhores vozes da música popular...

Mãe África do compositor Sivuca, uma das mais fortes interpretações:

No sertão, mãe que me criou
Leite seu, nunca me serviu
Preta-bá foi que amamentou
Filho meu, filho do meu filho
No sertão, mãe preta me ensinou
Tudo aqui, nós que construiu
Filho, tu tens sangue nagô
Como tem todo esse Brasil
Lê lê ô, lê lê ô,
Lê lê ô, la, la"
Oiê pros meus irmãos
De Angola, África
Oiê pra Moçambique
E Congo, África
Oiê, pra nação Bantu, África
Oiê, do tempo do quilombo, África
Pelo bastão de Xangô
E o caxangá de Oxalá
Filho Brasil pede a benção
Mãe África

E por falar em AMÉRICA!

SEM COMENTÁRIOS!!!

Soy Loco por Ti América



Aproveitando essa fase: "AMÉRICA" busquei no fundo do baú, do moderno mp3 search, a versão original de Soy Loco por Ti América, cantada até então, pelo humilde Caetano Veloso. Quanta diferença!!!
Em resumo acho que os contextos são outros, acho não, tenho certeza! Pois, hoje temos uma AMÉRICA americanizada, os ideais de liberdade e o cheiro da latinidade cantados por Veloso não são mais os mesmos cantados por Ivete Sangalo.
Vemos hoje o sonho de ser AMÉRICA, o de viver nos Estados Unidos da América, e os ideais de Che e Bolivar são lembranças de um passado, ou estampas de camisetas como no caso de Guevara.
Alguns gritos de resistência tem ressoado por aí. E o Diário de Motocicleta parece-me soar como uma tentativa de valorizar o latino. Porém, a reação dos organizadores do Oscar ao colocar o Bandeiras para cantar a principal música da trilha sonora do filme, vem de encontro a uma atitude de repressão a febre latina. POIS, AMERICANOS SIM, MAS NEM TODOS!
A AMÉRICA tão desejada pela personagem Sol, a qual faz de tudo para ser americana e falar inglês, no melhor: "The book is on the table" mostrou-se frágil em 2005.
Bush que o diga! A palavra New Orleans, que antes era simbolo de orgulho, pelo famoso Carnaval. Agora tornou-se uma ferida aberta, assim como a Guerra do Iraque.
Até Carmen Miranda foi acusada de dolarizar. Porém, em revide as acusações ela mesma cantou: eu gosto mesmo é do ensopadinho com chuchu!
Chávez tem se comportado como o novo calo no pé da supersize me potência de Bush, e até no Brasil ele já andou dandos umas voltas. E quem garante, que ele não pise na Sapucaí em 2006, pois a Vila Isabel canta a latinidade, com um dos melhores sambas da safra.
Agora é esperar! E ver o final da saga da brasileira ambiciosa e fictícia do folhetim das vinte horas, que na verdade representa e representará a tólice de muitos que sonham com as estrelas de Hollywood.