terça-feira, dezembro 30, 2008

29.Dez.2008


Ontem, acordei com as galinhas e de mochila nas costas junto com meu fiel escudeiro fomos à Sampa, fazer da última segunda-feira do ano, algo interessante, muvucado, cultural, popular, erudito e principalmente engraçado.

Primeira Parada >>> Terminal do Tietê >>> A muvuca de sempre, mas em sentido contrário, ou seja, sem fila pra comprar bilhetes do mêtro, praticamente um sonho de consumo. Ah! O Sol também resolveu nos acompanhar desde a saída de casa...

Segunda Parada >>> Praça da Árvore >>> No final do ano passado eu tinha ido à Praça da Árvore, mas nem saí da estação. Dessa vez, fizemos um tour em volta da praça e pelas ruas adjacentes. Um lugarejo simpático, com cara de bairro e trânsito de capital.

Terceira Parada >>> Liberdade >>> Ao desembarcar no coração oriental da capital, fomos recebidos por simpáticas e contidas senhoras japonesas que vendiam revistas aos pedestres. O bairro tem aquela atmosfera de abdução, de viagem e você se sente realmente zen, embora nas ruas o movimento seja intenso.

Xiiii! O Sol resolveu nos acompanhar cada vez mais de perto, praticamente um caloroso abraço... As próximas paradas foram todas a pé... Delícia...Adoro caminhar...

Quarta Parada >>> Sé >>> É inevitável andar por São Paulo e não se encantar pela arquitetura. Louco é aquele que se faz de insensível diante da grandeza e da delicadeza das obras, momumentos e prédios. A igreja da Sé é fantasticamente monumental por fora e grandiosa por dentro. Embora, apresente muita limpeza e clareza em seu interior, pois a fusão, entre escultura, pintura e arquitetura não promovem entre si, grandes conflitos e sim pura harmonia. Aproveite o serviço de informações dos "homens de preto", espalhados pelo salão, são prestativos e simpáticos.

Quinta Parada >>> Copan >>> Chegar ao Copan foi mais fácil do que imaginávamos. Vire aqui, contorne ali e de repente à Rua Direita, o Viaduto do Chá, [Se quiser ler sua sorte aproveite as ciganas e as jogadoras de búzios] o Teatro Municipal e à Praça da República. Enfim, Copan. O destino era a loja do estilista Walério Araújo. Pra quem gosta de moda, o lugar é pra lá de muito interessante. Bordados, babados, cristais, cabeças, caveiras cravejadas, castanhas, fitas, brilhos e muitas misturas de tecidos. Além dos vestidos estruturados, dos móveis e lustres de época e da Mazé: uma cadela malhada que exibia em seu pescoço um colar com as inicias do estilista.

Sexta Parada >>> Mosteiro de São Bento >>> Se por um lado a Sé tem grandeza e leveza, por outro, o Mosteiro de São Bento tem um ar pesado, austero, inspirado na vida do santo e reforçado pela iluminação praticamente natural [fraca] naquele momento, pelos móveis escuros e pelo clima de constante penitência, reclusão e oração.

Sétima Parada >>> Ladeira Porto Geral >>> A 25 de Março estava o fervo, ou melhor dizendo, a 25 é o fervo. Porém, o clima de paz trazido pelo esvaziamento da cidade, fez com que os consumidores desacelerassem. Ainda saí ouvindo um: "Moço bonito não paga, mas também não leva." [Risos] O clima de carnaval já é refletido no preço de alguns artigos, que sofreram reajuste.

Oitava Parada >>> Mercado Municipal >>> Os rostos femininos que emolduram a fachada do Mercado Municipal são realmente belas. Todos os tipos de frutas, cheiros e sabores. Porém é preciso ter muita paciência, pois o tumulto é grande e os preços bem salgados, mas vale a pena curtir os mitos locais. Entre eles, o pastel de bacalhau e o famoso pão com mortadela. Como disse meu amigo: "É pra quem gosta muito de mortadela."

Nona Parada >>> Terminal do Tietê >>> Depois de muita paciência conseguimos transpor a muvuca e chegar novamente na entrada da estação. Dica: Calcule seu trajeto e compre o número aproximado de bilhetes que vai usar, pois certas estações tem fila pra comprar ticket.

Foi assim... Até a próxima...!!!...