segunda-feira, janeiro 15, 2007

Tudo por um celular - Terceira Parte

"Se o telefone tocar, E alguém perguntar, É só responder: Sou verde e branco, linha direta com você."
Camisa Verde e Branco - 2005
(*)
Consumidor
Terceiro Capítulo: A segunda gestação
No mesmo dia em que passei na assistência técnica, resolvi ligar para a Central de Relacionamento da empresa e ao conversar com um dos educados profissionais treinados a exaustão -- a esperança de que meu problema seria solucionado pelo setor juridico.
Segundo o Procon, o prazo para a empresa se manifestar era 5 de dezembro, e essa data já havia passado de longe.
Na manhã de 26 de dezembro, o telefone tocou:
- Bom dia! Gostaria de falar com o Sr. Daniel!
- Bom dia! E ele quem fala!
- Daniel! Aqui é do Procon e estou ligando para que você compareça aqui no Procon para tomar ciência da resposta enviada pela empresa.
Lá vou eu! Para mais um dia de luta em busca do meu celular perdido! Ao chegar no Procon, o assunto foi rápido! Fui informado de que tinha ganho a causa e que deveria buscar o falecido na assistência técnica e depois ir até a um endereço citado numa correspondência.
Indignação
A caminhada até a assistência técnica foi tranqüila. Pelas ruas do centro caminhavam um povo apático na aparência e cansado das comemorações do Natal. Ao chegar na loja uma surpresa: portas fechadas! Dirige-me até um segurança e perguntei:
- Bom dia! Você sabe se a loja vai abrir hoje?
- Ele consultou seu relógio e disse que provavelmente às 12h.
Algumas pessoas já aguardavam na porta do estabelecimento. Resolvi ficar de longe observando o movimento. Até que de repente surge um homem e uma mulher. O cara olhando com cara de poucos amigos profere a pérola:
"Vocês têm que agradecer pelo favor que eu estou fazendo em abrir a loja. Por mim, eu nem abriria hoje!"
Ação e Reação - As palavras ditas sem muita vergonha pelo proprietário da assistência foram uma reação por ter sido cobrado por um dos consumidores pela demora na abertura do estabelecimento.
Naturalmente azedo o homem catou umas caixas e saiu da loja apressadamente. Aquelas palavras martelavam na minha cabeça, pois como pode alguém que se dispõe a prestar serviços agir dessa forma.
Depois de algum tempo fui finalmente atendido. Retirei meu aparelho da loja e assinei um termo me responsabilizando pela desistência do serviço não prestado.