Quem nunca teve um dia de pouca inspiração, que atire o primeiro bloco de anotações.
A incapacidade psico-cerebral-motora-sensorial de não conseguir passar para o papel, ou para a tela de um computador, o conjunto de idéias que atormentam a mente da gente é algo tão incomodante que pode ser comparada com várias situações do cotidiano que nos provocam frustração e decepção.
Quem nunca perdeu a condução num momento errado? Saiu de casa num dia ensolarado e voltou encharcada (o) após um banho de chuva? Apostou suas fichas num relacionamento e no fim das contas, ficou com aquela sensação de que perdeu tempo, mas que para compensar a cara de derrota assobiou: “o importante é que emoções, eu vivi.”
Enfim, essa é a vida de quem vive e a vida de quem escreve... A inspiração vem e vai, surge desse ou daquele detalhe, que pode ser narrado em primeira, ou terceira pessoa. Afinal de contas, o teor do discurso é mais importante do que o veículo que o transporta. Será mesmo? Tenho cá minhas dúvidas! E, novamente caio no clichê, mas enfim...
Qual era o objetivo desse texto mesmo? Ah! Sei lá. Queria falar sobre o livro que estou lendo, sobre a chuva que cai lá fora e que me levou a ler esse livro, que sempre folheie, usei pra fazer citações e referências, mas nunca li na integra.
De repente, a chuva me deu essa idéia, mas a pausa na incidência de descargas elétricas com o fim do temporal me deu outra idéia: escrever no editor de textos do computador sobre todas as idéias, que passaram pela minha cabeça nesse curto espaço de tempo, cerca de 60 minutos, quando resolvi desligar tudo, empilhar as almofadas e o travesseiro, me deitar no colchão, me cobrir com o edredom e mergulhar nos primeiros capítulos do livro.
Eram tantas idéias, que o simples ato de tomar água foi esquecido. Só me lembrei quando a boca secou de vez e quando a inspiração deu aquela falhada como um motor em pane, que dá aquela engasgada, solta fumaça, dependendo do caso um estouro, e volta a funcionar até que se chegue ao local de destino e seja providenciada a manutenção necessária.
O ato de escrever também é mais ou menos assim: Um ato de teimosia. Eu que nunca me imaginava escrevendo sem rascunhar, agora escrevo direto no editor sem pegar na caneta sequer, a caligrafia não agradece muito. Se bem que minha letra fica mais bonita em Arial Corpo 12 (Brincadeira)...
A chuva parou de cair lá fora. Não se ouve mais o som das gotas batendo na calha. Opsss... Não se ouvia, acabei de ouvir um estalido, um pequeno som metálico, que ecoa no curto intervalo de tempo, em que o vídeo carrega no youtube.
O “pec”, “pec”, “pec” na calha ressoa na cabeça como ressaca de Ano Novo, estala seca como martelada na cabeça do prego. Porém, embala o sono como cantiga de ninar.
Qual era a idéia do texto mesmo? Já sei. Não era falar de coisa alguma, mas ao mesmo tempo falar de várias. Era reunir idéias que foram costuradas num curto espaço de tempo, em que coisas aconteceram em todo o lugar, nos micro e macro ambientes. Inclusive dentro da minha própria cabeça.
...e a chuva caí lá fora...
Texto publicado originalmente por mim [Daniel Faria] no blog Menta Rosa
A incapacidade psico-cerebral-motora-sensorial de não conseguir passar para o papel, ou para a tela de um computador, o conjunto de idéias que atormentam a mente da gente é algo tão incomodante que pode ser comparada com várias situações do cotidiano que nos provocam frustração e decepção.
Quem nunca perdeu a condução num momento errado? Saiu de casa num dia ensolarado e voltou encharcada (o) após um banho de chuva? Apostou suas fichas num relacionamento e no fim das contas, ficou com aquela sensação de que perdeu tempo, mas que para compensar a cara de derrota assobiou: “o importante é que emoções, eu vivi.”
Enfim, essa é a vida de quem vive e a vida de quem escreve... A inspiração vem e vai, surge desse ou daquele detalhe, que pode ser narrado em primeira, ou terceira pessoa. Afinal de contas, o teor do discurso é mais importante do que o veículo que o transporta. Será mesmo? Tenho cá minhas dúvidas! E, novamente caio no clichê, mas enfim...
Qual era o objetivo desse texto mesmo? Ah! Sei lá. Queria falar sobre o livro que estou lendo, sobre a chuva que cai lá fora e que me levou a ler esse livro, que sempre folheie, usei pra fazer citações e referências, mas nunca li na integra.
De repente, a chuva me deu essa idéia, mas a pausa na incidência de descargas elétricas com o fim do temporal me deu outra idéia: escrever no editor de textos do computador sobre todas as idéias, que passaram pela minha cabeça nesse curto espaço de tempo, cerca de 60 minutos, quando resolvi desligar tudo, empilhar as almofadas e o travesseiro, me deitar no colchão, me cobrir com o edredom e mergulhar nos primeiros capítulos do livro.
Eram tantas idéias, que o simples ato de tomar água foi esquecido. Só me lembrei quando a boca secou de vez e quando a inspiração deu aquela falhada como um motor em pane, que dá aquela engasgada, solta fumaça, dependendo do caso um estouro, e volta a funcionar até que se chegue ao local de destino e seja providenciada a manutenção necessária.
O ato de escrever também é mais ou menos assim: Um ato de teimosia. Eu que nunca me imaginava escrevendo sem rascunhar, agora escrevo direto no editor sem pegar na caneta sequer, a caligrafia não agradece muito. Se bem que minha letra fica mais bonita em Arial Corpo 12 (Brincadeira)...
A chuva parou de cair lá fora. Não se ouve mais o som das gotas batendo na calha. Opsss... Não se ouvia, acabei de ouvir um estalido, um pequeno som metálico, que ecoa no curto intervalo de tempo, em que o vídeo carrega no youtube.
O “pec”, “pec”, “pec” na calha ressoa na cabeça como ressaca de Ano Novo, estala seca como martelada na cabeça do prego. Porém, embala o sono como cantiga de ninar.
Qual era a idéia do texto mesmo? Já sei. Não era falar de coisa alguma, mas ao mesmo tempo falar de várias. Era reunir idéias que foram costuradas num curto espaço de tempo, em que coisas aconteceram em todo o lugar, nos micro e macro ambientes. Inclusive dentro da minha própria cabeça.
...e a chuva caí lá fora...
Texto publicado originalmente por mim [Daniel Faria] no blog Menta Rosa
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