domingo, setembro 09, 2007

...



Final de feriado bateu aquele saudosismo. Então resolvi dar um pulo no mundo das memórias e encontrar com Fernando Pessoa. Na época da escola, eu sabia de cor esse trecho da poesia:


MAR PORTUGUÊS

Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!


Valeu a pena?
Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu.