sexta-feira, outubro 12, 2007

Sem novidades...

Henrique Matos

Nenhuma novidade na primeira noite de finais de samba de enredo no Rio de Janeiro. Beija-Flor apenas confirmou o que todos já sabiam ou ouviram falar, Grande-Rio escolheu mais um samba "eca", que na gravação oficial até é bem maquiado pelo Wander Pires. No Salgueiro, quem venceu foi a dupla do ano passado liderada por Dudu Botelho. As obras não são nenhum clássico, mas devem servir ao propósito das agremiações.



Em destaque, o samba leve do Salgueiro, que têm sacadas, bem coloquiais, que me lembra o "33 - Destino D. Pedro II" (Em Cima da Hora - 1984). No caso da Beija-Flor o samba é um remake do próprio compositor, que saudosista de si mesmo, resolveu se auto homenagear -- e deu certo a intenção dele!



A safra 2008 também não foi nenhuma maravilha e boa parte das obras de boa qualidade não passarão nem perto da avenida. Esses "equívocos" são questionados todos os anos nos fóruns e listas de discussão. Mas não adianta chorar, pois, quem define as coisas são os cartolas do carnaval. Em minha opinião, o que vale mais mesmo, é ouvir as obras dos meus compositores favoritos como o Eduardo Medrado, João Estevam & Cia, que sempre compõem sambas bons pra Imperatriz Leopoldinense, mas até agora nada de fisgarem um primeiro lugar.



O grande "babado" da temporada sambas-concorrentes 2008, ficará mesmo, por conta da eliminação da obra do compositor Gusttavo da Viradouro. A crise que começou com o corte do seu samba na primeira eliminatória da escola só terminou com a demissão do intérprete Dominguinhos do Estácio. Fato que surpreendeu a todos.



Hoje é a vez da dobradinha de "Ps", Portela e Porto da Pedra escolhem seus hinos. Em Madureira, a azul e branca cantará a importância da preservação do Meio Ambiente. Já em São Gonçalo, a bola da vez são os 100 anos da imigração japonesa no Brasil.