O carnaval 2008 era pra ser o carnaval da limpeza da imagem das escolas de samba do Rio de Janeiro. Principalmente a da Beija-Flor, que estava envolta em toda a mística da compra do título de 2007.
Muita gente estava envolvida nessa árdua tarefa de desassociar as agremiações do tráfico de drogas, do jogo do bicho e dos negócios escussos. Um discurso meio puritano demais, ainda mais no universo do samba, marcado pela presença dos patronos, que estão longe de ser santos, digo na essência da palavra santidade.
Pois, bem todo o cenário foi montado, os ensaios técnicos aconteceram, as fofocas e a escolha dos jurados -- algozes para alguns -- redentor para outros. A sensação estranha da temporada foi a escolha de Bruno Chateaubriand como jurado, até então, -- tudo bem.
As luzes da Sapucaí se acenderam, as portas invisíveis, mas presentes foram abertas para a São Clemente, que beneficiada pelos incentivos “reais” da Família Real de César Maia, mostrou sua versão da chegada dos nobres lusitanos.
Não era um carnaval de grandes favoritas, pois, a pré-temporada havia sido aparentemente morna nas páginas do ‘WWW.’ O enredo da Beija-Flor era mais uma viagem fabulosa a algum lugar abaixo da linha do Equador, o samba “frankstein”, da Vila -- o mais criticado, a Porto da Pedra vinha morna, como sempre, a Portela atrasada e a Mangueira “frevando”, pra escapar das polêmicas.
O carnaval chegou às ruas, na tela da televisão, seja de plasma ou cheia de ectoplasmas, enfim chegou. Chegou e passou rapidamente e não é que deu Beija-Flor novamente? Com um enredo meio estranho, com um samba meio “Deja Vu”, mas que rendeu outro campeonato, que me deixou com cara de carnaval 2005, quando ela cantou a história das Missões e fiquei sem entender nada da lição. Levei “0”em enredo naquele ano.
No que tange as subversões: Paulo Barros conseguiu levar o Kama Sutra pra avenida, que, em 2004, foi barrado no enredo sobre a camisinha de J30. Mas, não levou o holocausto, pois, foi barrado pelos judeus, que se sentiram incomodados com tanta perversidade estética.
A Portela ousou! Como num passe de mágica, anos de tradição foram colocados de lado – o primeiro setor da escola foi realmente de tirar o chapéu. A Mocidade bem que podia ter ousado, mas ela ainda precisa ressuscitar.
A carnavalesca Rosa Magalhães parece que está a fim de esquecer os anos de exílio e tomar o barco da volta pra fincar os pés em terra firme. Os salgueirenses estão quase lá. Faltou um pouco mais de sorte. Se é que essa palavra cabe aos desfiles das escolas de samba.
Muita gente estava envolvida nessa árdua tarefa de desassociar as agremiações do tráfico de drogas, do jogo do bicho e dos negócios escussos. Um discurso meio puritano demais, ainda mais no universo do samba, marcado pela presença dos patronos, que estão longe de ser santos, digo na essência da palavra santidade.
Pois, bem todo o cenário foi montado, os ensaios técnicos aconteceram, as fofocas e a escolha dos jurados -- algozes para alguns -- redentor para outros. A sensação estranha da temporada foi a escolha de Bruno Chateaubriand como jurado, até então, -- tudo bem.
As luzes da Sapucaí se acenderam, as portas invisíveis, mas presentes foram abertas para a São Clemente, que beneficiada pelos incentivos “reais” da Família Real de César Maia, mostrou sua versão da chegada dos nobres lusitanos.
Não era um carnaval de grandes favoritas, pois, a pré-temporada havia sido aparentemente morna nas páginas do ‘WWW.’ O enredo da Beija-Flor era mais uma viagem fabulosa a algum lugar abaixo da linha do Equador, o samba “frankstein”, da Vila -- o mais criticado, a Porto da Pedra vinha morna, como sempre, a Portela atrasada e a Mangueira “frevando”, pra escapar das polêmicas.
O carnaval chegou às ruas, na tela da televisão, seja de plasma ou cheia de ectoplasmas, enfim chegou. Chegou e passou rapidamente e não é que deu Beija-Flor novamente? Com um enredo meio estranho, com um samba meio “Deja Vu”, mas que rendeu outro campeonato, que me deixou com cara de carnaval 2005, quando ela cantou a história das Missões e fiquei sem entender nada da lição. Levei “0”em enredo naquele ano.
No que tange as subversões: Paulo Barros conseguiu levar o Kama Sutra pra avenida, que, em 2004, foi barrado no enredo sobre a camisinha de J30. Mas, não levou o holocausto, pois, foi barrado pelos judeus, que se sentiram incomodados com tanta perversidade estética.
A Portela ousou! Como num passe de mágica, anos de tradição foram colocados de lado – o primeiro setor da escola foi realmente de tirar o chapéu. A Mocidade bem que podia ter ousado, mas ela ainda precisa ressuscitar.
A carnavalesca Rosa Magalhães parece que está a fim de esquecer os anos de exílio e tomar o barco da volta pra fincar os pés em terra firme. Os salgueirenses estão quase lá. Faltou um pouco mais de sorte. Se é que essa palavra cabe aos desfiles das escolas de samba.
Agora é o período de entre safra, hora de rolar cabeças, de receber prêmios, de esperar a divulgação das justificativas, que na verdade justificam, mas não convencem muito, nem presidentes, quiçá torcedores. Mas enfim, -- carnaval é isso aí – 365 dias do ano – 24 horas por dia – 7 dias por semana.
Ah! As peladas sempre existirão, afinal de contas essa é a vitrine ideal para elas. Seja ao lado de um presidente da República, de um jogador de futebol ou mesmo de um promoter, que faça de sua humilde pessoa -- uma celebridade de capa de revista nos próximos meses.
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