quarta-feira, fevereiro 27, 2008
Falando em música...
Quem ainda faz sucesso falando de música é o histórico apresentador Silvio Santos, que comandando o Qual é a Música? Faz qualquer um rir e se divertir com as pérolas, que saem durante a programação dominical da telinha brasileira. Como diria um dos versos do samba de enredo da Tradição de 2001: "Qual é Música? Quem Sabe canta aí!"
Vitrola
Quem está 'batendo um bolão', nas noites da TV Aberta é a trilha-sonora da minisérie Queridos Amigos. A cada novo capítulo, uma chuva de sucessos da MPB são revisitados por meio das cenas vividas pelos personagens. Basta saber, se a emissora lançará até o final da exibição da minisérie uma coletânea com as faixas apresentadas.
terça-feira, fevereiro 26, 2008
E a dança não pára...
A animada dança das cadeiras continua no Rio de Janeiro. Profissionais insatisfeitos; carnavalescos que mudam de escola; escolas que perdem artistas competentes. Mas mantém dirigentes não tão competentes assim. E, assim vai (...) até abril o ranger das cadeiras deve pautar os bastidores da recém escolhida melhor festa do mundo -- o carnaval carioca. Até porque, os mais organizados já devem berrar seus enredos pouco depois da quaresma, quando a coisa já começa a se aprumar novamente.
quinta-feira, fevereiro 21, 2008
120 Anos - Abolição Inacabada
Nunca tinha me atentado para a grande quantidade de entidades carnavalescas da cidade de São Paulo. Ao ler a revista da UESP (União das Escolas de Samba Paulistanas) tive uma grata surpresa.
A entidade representa as 64 agremiações filiadas, a partir do Grupo 1, passando pelo 2 e 3. E também pelo Grupo Especial de Blocos e pelo Grupo 1 de Blocos. É muito carnaval!!!
Para o carnaval 2008, que aconteceu a poucos dias atrás, a UESP juntamente com as escolas de samba filiadas comemoraram os 120 Anos da Abolição da Escravatura no Brasil.
Todos os carnavalescos e as comissões de carnaval levaram pra avenida temas relacionados aos "120 Anos de Abolição Inacabada." Entre as pérolas, um enredo chamou bastante atenção. Foi o enfoque escolhido pelo Grêmio Recreativo Escola de Samba Acadêmicos do Ipiranga, que ousou ao falar do "crime" cometido contra os negros, pelo sempre ovacionado Rui Barbosa, dentro da proposta do enredo "Raízes Queimadas."
E o que fez o sábio Rui Barbosa? Ele simplesmente mandou queimar todos os registros, que traziam informações a respeito do comércio negreiro da cidade do Rio de Janeiro. A idéia do escritor era limpar o passado obscuro e vergonhoso do país. Com isso, ele acabou por prejudicar muitos negros, que não tinham mais documentos para reivindicar possíveis direitos adquiridos.
Parabéns a escola pela iniciativa de contar essa história. Agora temos dois registros carnavalescos a respeito de Rui Barbosa. Um positivo dado pela São Clemente, em 1999, e um negativo contado pela Acadêmicos do Ipiranga este ano.
quarta-feira, fevereiro 20, 2008
E a dança continua...
E a dança continua... Max Lopes deixa Mangueira e vai para o Porto da Pedra -- Roberto Szaniecki (ex-Grande Rio) assume o lugar dele. Até agora foi a dança mais compassada e dentro do ritmo. Risos
Quem saiu lucrando foi a Porto da Pedra, que ganhou um carnavalesco excelente e que pode dar ao grêmio recreativo um bom trato visual e quiçá uma colocação bem melhor no carnaval 2009. Ehhhh! O tempo não pára!!! Risos
terça-feira, fevereiro 19, 2008
Dança das Cadeiras
Site O Dia na Folia
Depois de sambar muito na avenida, os profissionais que atuam nos bastidores e na preparação das escolas de samba continuam dançando, mas só que a "Dança das Cadeiras." O compasso mais fora do ritmo, embora, pareça um melancólico tango argentino está sendo apresentado pela porta-bandeira Lucinha Nobre, que primeiro "pediu pra sair" da Unidos da Tijuca, após pedir a cabeça do mestre-sala e barganhar a volta do ex-parceiro de dança.
Mas, como as coisas no mundo do samba mudam mais rápido, que em Brasília -- o presidente da escola resolveu dançar um "Vira" e reconsiderou! Ora veja você, além de mantér a porta-bandeira no seu posto, ainda atendeu a solicitação da moça e trouxe o parceiro, que ela havia pedido. Por essa virada de mesa nem o consultor de carreira Max Gehringer esperava! Risos
segunda-feira, fevereiro 18, 2008
Imagens do Samba
Daniel Faria
Gosto muito dessa imagem -- Close em uma das baianas da Leandro de Itaquera, durante o Desfile das Campeãs desse ano. As senhoras desfilaram vestidas de Oxum, orixá conhecida por sua vaidade. Ao contrário de outras personificações, a escola optou por trazer o espelho da "Senhora das Águas Doces" na própria fantasia.
domingo, fevereiro 17, 2008
O incomparável
Daniel Faria - Baianas do Império de Casa Verde
Não adianta perguntar se as escolas de samba de São Paulo são melhores, que as do Rio de Janeiro. Definitivamente não há comparação entre as duas manifestações, que estão separadas por apenas 450 km, mas que guardam em si, características próprias e particulares.
Nem vou entrar no detalhe de cada uma, pois, é preciso muito relato histórico para exemplificar a diversidade e a pluralidade que envolve os desfiles da cada um dos estados citados anteriormente.
A única coisa que pretendo dizer é que o carnaval de São Paulo, o qual só comecei a acompanhar, em 1997, (...) este ano conquistou em definitivo a minha simpatia e admiração. Ver as escolas de samba de perto foi uma experiência inesquecível e muito prazerosa.
Não dizer que o Vai Vai era a favorita é burrice, a agremiação veio com uma força avassaladora, um verdadeiro rolo compressor. A Mocidade Alegre tinha o melhor samba – a melhor fusão entre duas obras, que já ouvi. Já a Rosas de Ouro trouxe um momento mágico pra avenida, com carros de muito bom gosto -- lindos de se admirar por horas.
A Vila Maria desfilou de forma gigantesca, mas acho que ainda falta melhorar a comunicação com o público. Quem já pisou na avenida sabe que é importante a troca entre componente e arquibancada. Em resumo, essa troca é o que empolga as arquibancadas.
As escolas têm dois trunfos (cartas na manga) ou são entidades respeitadas e veneradas, ou são comunicativas e simpáticas. No time das entidades veneradas estão: o Vai Vai, a Nenê de Vila Matilde, o Gaviões da Fiel e a Mancha Verde. Já no time do “salve simpatia” estão: a Rosas de Ouro, a Águia de Ouro e até o Camisa Verde e Branco, que mesmo sendo uma escola tradicional, tem mais força em seu chão, do que no poder de impressionar com alegorias e fantasias estonteantes.
A divulgação do resultado -- a famosa abertura dos envelopes -- mostrou que o carnaval de São Paulo está super equilibrado. A “surpresa” foi a presença da Tom Maior, entre as campeãs. A escola teve muita competência (apresentou um desfile técnico). Mas, contou também com o fator sorte, pois se o Império de Casa Verde não tivesse tido tantos problemas com as alegorias, com certeza a vaga entre as cinco primeiras seria do tigre.
Parafraseando Leci Brandão, foi um carnaval divisor de águas. Mas, em minha concepção e diante de minhas observações, o que mudou não foi só tamanho dos carros. As fantasias das alas foram mais bem elaboradas. Sendo que muitas eram de fácil compreensão, que é uma característica importante para o entendimento da mensagem.
Nem vou entrar no detalhe de cada uma, pois, é preciso muito relato histórico para exemplificar a diversidade e a pluralidade que envolve os desfiles da cada um dos estados citados anteriormente.
A única coisa que pretendo dizer é que o carnaval de São Paulo, o qual só comecei a acompanhar, em 1997, (...) este ano conquistou em definitivo a minha simpatia e admiração. Ver as escolas de samba de perto foi uma experiência inesquecível e muito prazerosa.
Não dizer que o Vai Vai era a favorita é burrice, a agremiação veio com uma força avassaladora, um verdadeiro rolo compressor. A Mocidade Alegre tinha o melhor samba – a melhor fusão entre duas obras, que já ouvi. Já a Rosas de Ouro trouxe um momento mágico pra avenida, com carros de muito bom gosto -- lindos de se admirar por horas.
A Vila Maria desfilou de forma gigantesca, mas acho que ainda falta melhorar a comunicação com o público. Quem já pisou na avenida sabe que é importante a troca entre componente e arquibancada. Em resumo, essa troca é o que empolga as arquibancadas.
As escolas têm dois trunfos (cartas na manga) ou são entidades respeitadas e veneradas, ou são comunicativas e simpáticas. No time das entidades veneradas estão: o Vai Vai, a Nenê de Vila Matilde, o Gaviões da Fiel e a Mancha Verde. Já no time do “salve simpatia” estão: a Rosas de Ouro, a Águia de Ouro e até o Camisa Verde e Branco, que mesmo sendo uma escola tradicional, tem mais força em seu chão, do que no poder de impressionar com alegorias e fantasias estonteantes.
A divulgação do resultado -- a famosa abertura dos envelopes -- mostrou que o carnaval de São Paulo está super equilibrado. A “surpresa” foi a presença da Tom Maior, entre as campeãs. A escola teve muita competência (apresentou um desfile técnico). Mas, contou também com o fator sorte, pois se o Império de Casa Verde não tivesse tido tantos problemas com as alegorias, com certeza a vaga entre as cinco primeiras seria do tigre.
Parafraseando Leci Brandão, foi um carnaval divisor de águas. Mas, em minha concepção e diante de minhas observações, o que mudou não foi só tamanho dos carros. As fantasias das alas foram mais bem elaboradas. Sendo que muitas eram de fácil compreensão, que é uma característica importante para o entendimento da mensagem.
As escolas estão mudando suas posturas. Estão investindo cada vez mais. Entre os exemplos, a X-9 Paulistana, que fez um desfile morno para frio ano passado. Porém, este ano trocou de puxador, que deu uma outra cara para o conjunto da escola, que veio comendo pelas beiradas e mesmo não estando na apoteose, nos deu um dos grandes momentos do carnaval 2008.
quinta-feira, fevereiro 14, 2008
Bom é recordar
Um dos momentos mais bonitos e cheirosos do carnaval 2008. A passagem do abre-alas da Rosas de Ouro no Anhembi, que exalava essência de rosas, dentro da proposta do enredo Rosaessência - O Eterno Aroma.
terça-feira, fevereiro 12, 2008
Carnaval é isso aí
O carnaval 2008 era pra ser o carnaval da limpeza da imagem das escolas de samba do Rio de Janeiro. Principalmente a da Beija-Flor, que estava envolta em toda a mística da compra do título de 2007.
Muita gente estava envolvida nessa árdua tarefa de desassociar as agremiações do tráfico de drogas, do jogo do bicho e dos negócios escussos. Um discurso meio puritano demais, ainda mais no universo do samba, marcado pela presença dos patronos, que estão longe de ser santos, digo na essência da palavra santidade.
Pois, bem todo o cenário foi montado, os ensaios técnicos aconteceram, as fofocas e a escolha dos jurados -- algozes para alguns -- redentor para outros. A sensação estranha da temporada foi a escolha de Bruno Chateaubriand como jurado, até então, -- tudo bem.
As luzes da Sapucaí se acenderam, as portas invisíveis, mas presentes foram abertas para a São Clemente, que beneficiada pelos incentivos “reais” da Família Real de César Maia, mostrou sua versão da chegada dos nobres lusitanos.
Não era um carnaval de grandes favoritas, pois, a pré-temporada havia sido aparentemente morna nas páginas do ‘WWW.’ O enredo da Beija-Flor era mais uma viagem fabulosa a algum lugar abaixo da linha do Equador, o samba “frankstein”, da Vila -- o mais criticado, a Porto da Pedra vinha morna, como sempre, a Portela atrasada e a Mangueira “frevando”, pra escapar das polêmicas.
O carnaval chegou às ruas, na tela da televisão, seja de plasma ou cheia de ectoplasmas, enfim chegou. Chegou e passou rapidamente e não é que deu Beija-Flor novamente? Com um enredo meio estranho, com um samba meio “Deja Vu”, mas que rendeu outro campeonato, que me deixou com cara de carnaval 2005, quando ela cantou a história das Missões e fiquei sem entender nada da lição. Levei “0”em enredo naquele ano.
No que tange as subversões: Paulo Barros conseguiu levar o Kama Sutra pra avenida, que, em 2004, foi barrado no enredo sobre a camisinha de J30. Mas, não levou o holocausto, pois, foi barrado pelos judeus, que se sentiram incomodados com tanta perversidade estética.
A Portela ousou! Como num passe de mágica, anos de tradição foram colocados de lado – o primeiro setor da escola foi realmente de tirar o chapéu. A Mocidade bem que podia ter ousado, mas ela ainda precisa ressuscitar.
A carnavalesca Rosa Magalhães parece que está a fim de esquecer os anos de exílio e tomar o barco da volta pra fincar os pés em terra firme. Os salgueirenses estão quase lá. Faltou um pouco mais de sorte. Se é que essa palavra cabe aos desfiles das escolas de samba.
Muita gente estava envolvida nessa árdua tarefa de desassociar as agremiações do tráfico de drogas, do jogo do bicho e dos negócios escussos. Um discurso meio puritano demais, ainda mais no universo do samba, marcado pela presença dos patronos, que estão longe de ser santos, digo na essência da palavra santidade.
Pois, bem todo o cenário foi montado, os ensaios técnicos aconteceram, as fofocas e a escolha dos jurados -- algozes para alguns -- redentor para outros. A sensação estranha da temporada foi a escolha de Bruno Chateaubriand como jurado, até então, -- tudo bem.
As luzes da Sapucaí se acenderam, as portas invisíveis, mas presentes foram abertas para a São Clemente, que beneficiada pelos incentivos “reais” da Família Real de César Maia, mostrou sua versão da chegada dos nobres lusitanos.
Não era um carnaval de grandes favoritas, pois, a pré-temporada havia sido aparentemente morna nas páginas do ‘WWW.’ O enredo da Beija-Flor era mais uma viagem fabulosa a algum lugar abaixo da linha do Equador, o samba “frankstein”, da Vila -- o mais criticado, a Porto da Pedra vinha morna, como sempre, a Portela atrasada e a Mangueira “frevando”, pra escapar das polêmicas.
O carnaval chegou às ruas, na tela da televisão, seja de plasma ou cheia de ectoplasmas, enfim chegou. Chegou e passou rapidamente e não é que deu Beija-Flor novamente? Com um enredo meio estranho, com um samba meio “Deja Vu”, mas que rendeu outro campeonato, que me deixou com cara de carnaval 2005, quando ela cantou a história das Missões e fiquei sem entender nada da lição. Levei “0”em enredo naquele ano.
No que tange as subversões: Paulo Barros conseguiu levar o Kama Sutra pra avenida, que, em 2004, foi barrado no enredo sobre a camisinha de J30. Mas, não levou o holocausto, pois, foi barrado pelos judeus, que se sentiram incomodados com tanta perversidade estética.
A Portela ousou! Como num passe de mágica, anos de tradição foram colocados de lado – o primeiro setor da escola foi realmente de tirar o chapéu. A Mocidade bem que podia ter ousado, mas ela ainda precisa ressuscitar.
A carnavalesca Rosa Magalhães parece que está a fim de esquecer os anos de exílio e tomar o barco da volta pra fincar os pés em terra firme. Os salgueirenses estão quase lá. Faltou um pouco mais de sorte. Se é que essa palavra cabe aos desfiles das escolas de samba.
Agora é o período de entre safra, hora de rolar cabeças, de receber prêmios, de esperar a divulgação das justificativas, que na verdade justificam, mas não convencem muito, nem presidentes, quiçá torcedores. Mas enfim, -- carnaval é isso aí – 365 dias do ano – 24 horas por dia – 7 dias por semana.
Ah! As peladas sempre existirão, afinal de contas essa é a vitrine ideal para elas. Seja ao lado de um presidente da República, de um jogador de futebol ou mesmo de um promoter, que faça de sua humilde pessoa -- uma celebridade de capa de revista nos próximos meses.
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