Rodoviária de São José dos Campos, 9 de outubro, às 19h. Um casal de hippies, andarilhos... estava sentado próximo a poltrona em que eu estava, no ônibus com destino à capital paulista.
O cara no português mais claro impossível: "falava pelos cotovelos"; entre suas falas, inúmeras solicitações a Deus, para que fizessemos uma ótima viagem, a mulher soltava apenas uns grunidos. Derrepente o motorista vira a chave no contato, dá partida no motor, acelera e saí da plataforma em direção a Dutra. O silêncio é interrompido pelo anúncio de um vendedor:
- Amostra grátis, amostra grátis, deliciosa bala de banana cristalizada, não é bala dura! pode confiar.
Recebi o "presente" com aquele ar que me é natural; observei e reservei.
A estratégia de marketing foi logo entendida:
- Dois saquinhos por X reais três por tanto!
De volta a tranquilidade inicial, pude observar o que os demais passageiros faziam: um anotava lembretes em uma apresentação de power point; outro comia uma coxinha com refrigerante, enquanto eu lia um artigo. Todos muito bem refrigerados pelo ônibus.
Quando derrepente o passageiro que sentava atrás o casal de hippies, andarilhos... deu um pulo e foi párar do meio do ônibus na poltrona perto do banheiro. O motivo:
a esposa do cara teve uma crise de claustrofobia e se debatia descontroladamente no assento.
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