O fim de semana no Rio definiu o cenário 2007 para o carnaval carioca. Com todos os sambas de enredo escolhidos, as 13 escolas do Grupo Especial, preparam suas armas para mantér-se vivas nos spots da mídia e da Sapucaí.
Como em todo ano, aquela choradeira básica toma conta das listas de discussão e fóruns, eu mesmo, engrosso o coro dos que choram.
A única a optar pela reedição foi a ressurgida do limbo Estácio de Sá, que recorda a história do Sapoti: fruto essência da cultura carioca e que era cultivado nos quintais.
O enredo mais fraco é o da 21 vezes campeã: Portela, que sem patrocínio demorou a tomar fôlego e mostrar suas asas.
Os Acadêmicos do Grande Rio escolheram o samba mais duvidoso da safra, com uma letra óbvia, sem cadência e com a parte humana do enredo (pessoas homenageadas), apenas nos refrões, à escola vem contar a história de Caxias. Tendo Grazi a ex-BBB, como madrinha de bateria, deixando de lado Suzana Vieira.
Na Tijuca, Salgueiro quebrou a hegemonia de Moíses Santiago (meu samba favorito) e deu o título para uma bela obra também!
Na minha escola de coração: Mocidade Independente de Padre Miguel quem venceu foi Toco, que brinda a escola com mais um samba de primeira. O compositor que compôs Rapsódia de Saudades, em 1971, chega esse ano contando o complexo enredo de verde e branco, que pára falar de artesanato descontroí a idéia da própria produção em massa, incluse de cultura popular.
O Palácio do Samba: casa da Mangueira; Lequinho e Amendoim venceram novamente, um samba que ainda não me conquistou, pois vou esperar Jamelão gravar pra ver o efeito. Falando da Língua Portuguesa, a verde-e rosa mistura: Camões; Carlota e o Museu da Língua Portuguesa.
Do outro lado da Rio-Niteroí, a Viradouro elegeu novamente Gusttavo (o cavaquinista oficial das cobertura da Globo) como o samba do ano para a vermelho e branco. O samba interpretado por Dominguinhos pega no ouvido e cola facilmente.
A princesa nilopolitana apostou na dupla de 2004, e volta em 2007, com um samba cheio de recursos iorubá-nagô. A Beija-Flor aposta em seus orixás pra voltar a ganhar na Sapucaí. E para isso, reuni o que de melhor há na história do negro no Brasil. Chico-Rei, Zumbi, Maria Mineira: Agotimê a fundadora da Casa das Minas no Maranhão. Dom Obá e Tia Ciatá: a mãe negra do samba.
De volta a Tijuca, agora seguindo em direção ao morro do Borel, a Tijuca canta a fotografia; partindo de Monalisa. O samba conta claramente a idéia do enredo, passando por vários momentos da história das fotos até o fotojornalismo, quando trata do poder de comunicação das imagens.
O samba da Imperatriz Leopoldinense somente comento depois de ouvir o cd na voz de Preto Joía (Ih Gente!). Pois, ainda é uma incôgnita que pretende surpreender. Eu espero! O mesmo digo do samba da Porto da Pedra.
E assim vai...apertem os cintos, pois em 2008, apenas 12 escolas irão disputar um click e uma foto na capa da Manchete.
Nenhum comentário:
Postar um comentário