"Enquanto a samba a festa contínua", já dizia um novo-velho samba. Enquanto em Brasília: 19 horas, no Rio o "bicho" pega. Como diria Tinga da Vila Isabel: "solta o bicho". Para quem ainda não adquiriu o carnê da fantasia 2007! Corra, pois no próximo ano o espetáculo promete ser ainda melhor.
Já antecipado pelas tendências do SPFW, os temas africanos voltam a todo vapor no Rio. Beija-Flor, Salgueiro, Porto da Pedra irão falar abertamente do continente.
Os ganchos são os mais diversos. O da Beija-flor faz um movimento circular começando pelo país e chegando a "pequena África", a Gamboa: local em que foi construída a cidade do samba.
O Salgueiro promete retormar o rumo de sua embarcação e volta a sua origem com Candaces, uma exaltação as rainhas africanas. A safra de sambas-de-enredo da escola tijucana, há muito tempo não surpreendia. Nos últimos carnavais, Moisés Santiago despontou com suas composições, mas para 2007, o compositor tem bons concorrentes.
O grande trunfo do sambista é a superprodução da gravação do samba oferecendo ao ouvinte uma bela obra apoiada em recursos e nuances precisas.
O enredo da Porto da Pedra pega carona na próxima Copa do Mundo e fala da África dos brancos, das desigualdades, do apartheid e de Nelson Mandella.
Indiretamente fala do continente africano: a Mangueira com seu enredo sobre a Língua Portuguesa, em que relembra as contribuições dos negros iorubás para a formação da nova língua.
Personalidades negras também serão homenageadas. Entre elas, estão Artur Bispo do Rosário, "o Bispo do Rosário" e Aleijadinho "o mestre do barroco mineiro."
A negritude está em festa em 2007.
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